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Foto do escritorMayara Alves Santos

Síndrome da Disfunção Cognitiva Felina

O envelhecimento representa um processo biológico complexo caracterizado por uma modificação progressiva de tecidos e células, com uma gradual de capacidade adaptativa (OSELLA et al., 2007). Com o aumento da expectativa de vida dos animais domésticos, devido a avanços na medicina veterinária atuais, doenças neurodegenerativas são cada vez mais comuns.

A Síndrome da Disfunção Cognitiva Felina (SDCF), que atinge gatos com idade avançada, devido a atrofia cerebral, resultando na morte e degeneração dos neurônios. E muita das vezes acaba não sendo diagnosticada devido tanto a falta de conhecimento do dono quanto do veterinário. Sendo muitas vezes confundido com sinais da velhice.


Sintomas

Os primeiros sinais clínicos que essa síndrome apresenta é particular de animal para animal, como por exemplo podem chegar aos 15 anos com sintomas leves ou ausentes ou até mesmo felinos que com 10 anos já estejam com a SDCF em estágio avançado. Por ser uma doença difícil de reconhecer e padronizar, uma vez que são muitas das vezes confundidas com sinais de velhice, cabe ao dono observar no dia a dia do gato comportamentos que não eram costumeiros, sendo assim possível de diagnosticar e realizar um tratamento para atrasar ou até mesmo estacionar o avanço da síndrome.

A SDCF possui inúmeros sintomas que se devem a alteração nos neurotransmissores, como:

  • alteração do ciclo do sono;

  • aumento ou diminuição do apetite;

  • desorientação;

  • vocalização excessiva (sendo mais frequente a noite);

  • eliminação em lugares inapropriados;

  • inquietude como agressão/irritabilidade, medo e hábito de se esconder e comportamento carente;

  • alteração na frequência de atividades etc.


Exames de identificação e diagnóstico

De acordo com Marco Tibery (s.d.), neurologista veterinário, o mais importante é o diagnóstico correto. Os questionários podem ser úteis para controlar a resposta ou a progressão da doença (HECKLER; SVICERO; AMORIN, 2011, apud Teixeira, 2012. p.11). A avaliação deve ser minuciosa e criteriosa, pois deve excluir outras doenças semelhantes. Qualquer doença relacionada ao encéfalo, dependendo da área afetada, pode comprometer toda a memória. Doenças neurológicas, tumores no cérebro, estresse crônico (conhecido como “distress”) e até doenças como a diabetes podem causar sinais semelhantes à disfunção cognitiva e por isso, o seu diagnóstico nem sempre é fácil.

Para a conclusão do diagnóstico, é realizada uma série de exames de sangue, bioquímicos, tomografia computadorizada, ressonância magnética e por fim uma biópsia do cérebro ou um exame histopatológico. São de extrema importância justamente para que outras doenças sejam descartadas e a SDCF seja identificada o mais rápido possível para o início da intervenção, desse modo garantindo uma melhora na qualidade de vida do gato.


Tratamento e prevenção

Não existe cura para a SDCF, mas o tutor juntamente com o veterinário pode promover mudanças na vida do animal que melhorem os sintomas e a qualidade de vida. Uma das primeiras coisas a ser melhorada é o ambiente em que o gato vive através do enriquecimento ambiental (EA). Para que isso seja feito o tutor pode promover locais que o gato consiga escalar (facilitando a subida e descida, pois são animais idosos) e colocando mais brinquedos para os gatos se distraírem. Junto com o EA uma dieta equilibrada e suplementos que melhoram o mecanismo de defesa antioxidantes foram comprovados como efetivos.

Terapias farmacológicas, enriquecimento mental e ambiental, suplementos nutricionais, vasodilatadores. Porém são alternativas que visam para que a SDCF minimize as alterações comportamentais e atrase o seu progresso. Todavia procedimentos de prevenção, como exercícios que contribuem para o estímulo mental e alimentação equilibrada e saudável


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